HISTORIAL DO PARQUE NACIONAL DE ZINAVE
A história do PNZ reflecte a
migração de pessoas ao longo dos séculos com uma presença primordial de bosquímanos
e mais tarde
de pessoas da língua Bantu e comerciantes Árabes. Durante o período colonial
Português a área era conhecida pelas suas espécies grandes e pela caça que
tendia a alcançar o seu pico na época seca onde a água era escassa. Os números
em decréscimo da fauna bravia, em grande parte devido a caça, motivaram o
governo colonial a proclamar o PNZ sob Diploma Legislativo 47/73.
População,
cultura/tradição e língua
4.500 pessoas vivem em povoados
localizados dentro dos confins da área protegida e na sua zona tampão, cuja
sobrevivência depende quase exclusivamente dos recursos do parque.
Do ponto de vista tradicional os povoados são
estruturados de acordo com a hierarquia que reflete aquela tradicional matsua
difundida na região, composta por diferentes figuras de autoridade, o que
envolve, além dos povoados da área protegida, uma rede maior. No topo
encontramos o hossi ya hombe (ou régulo) dotado do mais alto poder
político e simbólico, seguido por três níveis de autoridade, aos quais
correspondem específicos territórios de competéncia: hossy ya missava (em
Português cabo), nganakana 1 e nganakana 2 (em Português papassão).
O
hossi ya hombe actua como "pai" da comunidade, uma vez que
representa o laço entre os vivos e os antepassados. A bebida tradicional da comunidade
circunvizinha é ochema destilada de
uma planta denominada muhanga. As
danças tradicionais são: xiganda e txope.
Dança tradicional xiganda
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